Jogos de smartphones foram feitos para passar o tempo, sozinho, no ônibus ou na sala de espera do dentista... certo? Não para um estúdio independente da cidade de Utrecht, na Holanda. A Game Oven criou nos últimos anos games que convidam jogadores a dividirem a mesma tela, seja para quebrar o gelo entre desconhecidos, paquerar ou até mesmo para aprender passos de dança. Assista ao vídeo abaixo.
O mais recente deles é "Bounden", disponível para Android (R$ 11, baixe o jogo) e iOS (US$ 3, baixe o jogo), que exige que duas pessoas segurem o smartphone (ou tablet) ao mesmo tempo e guiem um alvo por dentro de anéis. A graça é que, para conseguir isso, os jogadores precisam girar os braços e o corpo sem largar o aparelho. A princípio a situação causa desconforto, mas faz com que os dois dancem e reproduzam movimentos coreografados em parceria com o Balé Nacional Holandês.
"Exploramos emoções que são incomuns em jogos, como o flerte ou a sensação de estar desajeitado", afirma Eline Mujires, produtora da Game Oven, ao G1. Ela diz que a ideia de "Bounden" surgiu a partir de outro jogo da empresa, "Friendstrap", onde os jogadores tinham de fazer movimentos estranhos para deixar o outro em posição desconfortável. "Esse comportamento nos inspirou a usar a rotação do telefone para tentar guiar as pessoas por sequências de movimentos", conta Eline.
Para isso, a empresa convocou um especialista em dança para tornar os movimentos mais "elegantes". "O coreógrafo Ernst Meisner, do Balé Nacional Holandês, trabalhou próximo de nós. Ele teve de suportar o constrangimento de um telefone guiar sua coreografia e nós tínhamos de ter certeza que seus passos se encaixariam ao jogo. Esse processo de criação foi muito lúdico". Assista a bailarinos dançando com o game aqui.
Na opinião de Eline, como "Bounden" exige que as pessoas deixem a vergonha de lado e se toquem, "ele se encaixa na categoria de games que quebram o gelo". A produtora conta o caso de "Fingle", outro jogo da Game Oven – este sim – desenhado para o flerte, e de suas "recompensas". "Um cara nos contou que 'Fingle' fez ele levar alguém pra cama. Esse deve ser o maior elogio que um game designer pode receber", brinca. Sobre projetos futuros, ela diz que a empresa tem "alguns protótipos", e que "um deles envolve usar a sua língua".
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